Edson Bernardo de Lima, também chamado de Café, que foi membro do grupo Raça Negra, veio a falecer aos 69 anos. Ele foi encontrado inconsciente em uma rua da zona leste de São Paulo.
A polícia informou que Café foi achado na calçada em um domingo e inicialmente levado ao pronto-socorro local, sendo depois transferido para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde infelizmente faleceu. O reconhecimento do corpo foi realizado por parentes no Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo.
Café possuía uma carreira brilhante como violonista do Raça Negra, mas enfrentou grandes desafios após um acidente vascular cerebral que o fez perder os movimentos dos braços. Essa condição o levou a se afastar dos palcos e, eventualmente, a uma dependência química que o fez morar nas ruas por anos, principalmente no Rio de Janeiro, onde trabalhava como guardador de veículos.
Vivendo uma vida marcada por altos e baixos e apesar das várias tentativas de reabilitação, Café frequentemente recaía. Ele próprio confessou que a vida nas ruas o expunha a riscos e dificultava sua recuperação. Em 2020, já vivendo novamente em situação de rua, ele contou que preferia trabalhar cuidando de carros para evitar o ócio e a consequente volta às drogas.
Os últimos anos de Café foram desafiadores, mas ele ainda contava com o apoio e carinho de fãs, incluindo uma mulher que o acolheu em São Paulo. A história de Café se encerra tragicamente, mas ele deixa um legado importante para o samba e pagode nacional.