Pai do ator Paulo Vieira cai em golpe: “pirâmide de avestruz”

  • Pai do ator Paulo Vieira cai em golpe: “pirâmide de avestruz”

    No início dos anos 2000, vários brasileiros e estrangeiros foram atraídos pela promessa tentadora de lucrar com a criação de avestruzes, um negócio que acabou se revelando um dos maiores esquemas fraudulentos do Brasil, causando prejuízos de mais de R$ 1 bilhão. Luisão, pai do renomado ator Paulo Vieira, foi uma das vítimas desse golpe.

    Essa história ganha vida na série da TV Globo Pablo e Luisão, inspirada nos eventos reais desse famoso golpe, agora retratado como uma comédia que explora o seu desenvolvimento.

    “Pirâmide de Avestruz. Só Pablo e Luisão são capazes de cair num golpe tão com cara de golpe igual a esse”, disse Paulo Vieira, comentando a série que está disponível para assistir no Globoplay.

    A Avestruz Master, empresa por trás desse golpe, operava em mais de 40 fazendas pelo país e prometia altos retornos mensais para investimentos na compra e venda de filhotes de avestruz. Eles comercializavam 'cotas' de aves, onde os investidores acreditavam em lucros garantidos com a criação e venda.

    No entanto, era um esquema de pirâmide financeira, onde os pagamentos aos investidores eram feitos usando o capital dos novos aplicadores. A empresa também emitia títulos fraudulentos de crédito rural e contratos de investimento com taxas de retorno mensal que podiam alcançar até 11%.

    Em 2005, fraudes foram detectadas pelo Ministério Público Federal, incluindo a venda de mais aves do que o existente. A Avestruz Master teve suas atividades encerradas em 2006 após a intervenção do MPF de Goiás.

    As acusações eram graves e abrangiam crimes contra o sistema financeiro e a economia popular. Em 2010, os dirigentes da empresa foram condenados a até 13 anos de prisão e multados a ressarcir os investidores em R$ 100 milhões. Apesar das condenações iniciais, decisões judiciais subsequentes em 2013 removeram a obrigação de indenização, deixando muitas vítimas no prejuízo. A justiça, em 2019, definiu regime semiaberto para os culpados.

    Este caso permanece como um dos maiores alertas sobre os perigos de investimentos baseados em promessas ilusórias de fácil retorno financeiro, uma lição que agora é narrada na televisão brasileira com uma pitada de humor.

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