Na madrugada desta quarta-feira (20), um estudante de medicina de 22 anos, Marco Aurélio Cardenas Acosta, foi morto em uma abordagem da Polícia Militar na Zona Sul de São Paulo, incidente que provocou grande comoveção e questionamentos acerca da conduta policial, especialmente em situações que envolvem pessoas não armadas.
De acordo com relatos policiais, o conflito teve início quando Marco Aurélio supostamente bateu no retrovisor de uma viatura e tentou fugir. Os policiais o perseguiram até o hotel onde ele estava hospedado, onde câmeras de segurança capturaram o momento em que ele é agressivamente abordado e imobilizado pelos agentes.
Ao ser atingido por um tiro no peito à queima-roupa, a polícia justifica que o estudante tentou apoderar-se da arma de um dos agentes, uma alegação agora sob investigação.
Seu pai, também médico, tentou em vão salvar a vida do filho no hospital, onde Marco Aurélio veio a óbito após sofrer duas paradas cardiorrespiratórias. Durante esses momentos, ele expressou seu sofrimento e buscou auxílio de seu pai, dizendo apenas: 'Pai, me ajuda, pai, me ajuda'.
A mãe de Marco Aurélio, uma médica intensivista, denunciou a abordagem policial como xenófoba e apontou que o tiro foi intencionalmente disparado em uma região vital, insinuando uma intenção de matar.
A Secretaria de Segurança Pública decidiu pelo afastamento dos policiais envolvidos, enquanto o ouvidor das polícias em São Paulo criticou a abordagem como um reflexo de práticas policiais excessivamente violentas e uma falha na adoção do uso progressivo da força.
O episódio levantou um debate necessário sobre a violência policial no Brasil, enfatizando a importância de revisar e melhorar os protocolos de abordagem policial a fim de assegurar que a segurança pública respeite a vida e os direitos humanos.
Para assistir ao vídeo sobre este incidente, clique aqui.