Muitas tensões políticas entre Rússia e Ucrânia tem atrelado na atenção da imprensa e da população neste início de ano. O segundo país tem importância estratégica na região e faz fronteira tanto com a Rússia quanto com a União Europeia. Após relatos do russo Vladimir Putin, a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) organiza uma ofensiva na Ucrânia, o que representaria uma ameaça aos russos.
Já houve desintendimentos
Maurício Santoro, professor do Departamento de Relções Internacionais recentemente declarou que, após a Rússia anexar para si a Crimeira, era território ucraniano. 14 mil pessoas foram mortas na fronteira leste da Ucrânia desde então. A tensão subiu significativamente nos últimos meses com o avanço de tropas russas, algo visto pelo governo da Ucrânia como uma ameaça. Sete anos atrás o objetivo era anexar um território que era estratégico para a Rússia, hoje em dia é uma escalada da crise para um objetivo mais amplo, significando a definição das quais vão ser as esferas de influência na Europa Oriental, onde vai passar essa linha.
A Ucrânia que chegou a ser parte do antigo Império Russo, em 1919, virou uma república da União Soviética. Com o colapso da URSS, se tornou independente em 1994. Caracterizando como uma democracia ainda jovem. Do outro lado, a Otan e a União Europeia agregaram, nos anos 1990 e 2000, muitos países da zona de influência soviética na chamada Europa Central.
Porém, a Ucrânia não foi um deles. Enquanto a faixa oeste do país, onde fica a capital Kiev, aceita a ideia de sucumbir aos padrões europeus, a faixa leste se imagina mais próxima do território russo. Por tanto, a região tem sido uma fronteira entre a influência das democracias liberais da Europa e da Rússia.
Sendo assim, a Rússia exige que a Otan pare de expandir sua presença em direção a países do leste europeu, acusando a aliança de estar “cercando” o território russo. O governo de Putin solicitou que a Otan não posicione tropas em regiões que não pertenciam à aliança em 1997, isto é, antes da inclusão de diversos ex-aliados soviéticos.
Consideramos também o impacto da crise ucraniana para a política internacional, incluindo para a China, maior parceria comercial do país e grande compradora de grãos e carne. Devido a isso, estabilidade na Ucrânia está nos interesses de Pequim, segundo Maurício Santoro. “Os chineses estão sendo muito discretos quanto à essa crise. Mas há uma relação de muita proximidade entre China e Rússia, ainda que não seja uma aliança militar formal. E os chineses estarão observando para ver até onde os EUA irão”, explicou o pesquisador da Uerj.
Pode haver invasão?
Sim! Outra possibilidade é o apoio russo a separatistas da faixa leste da Ucrânia, sem atingir o restante do país. Uma das vontades da Rússia é se reconectar à Crimeia, ainda. Outro cenário, que chegou a ser divulgado pelo Reino Unido, seria a tentativa da Rússia de derrubar o atual presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, um ex-humorista eleito como presidente em 2019.
Civis da Ucrânia estão sendo treinados, pela possibilidade de um ataque. O exército deve receber apoios financeiros de aliados da Otan, mas não se compara aos russos. Sem falar das tropas da aliança que não podem se envolver diretamente, visto que a Ucrânia não é aliada. Estudiosos apostam que o melhor cenário para Putin é conseguir um recuo do Ocidente, mostrando-se vitorioso. Espera-se, ainda, mais tentativas diplomáticas para a disputa, apesar de fracassos anteriores.
Força militar e sua intenção
A Crimeia, que pertence à Ucrânia, já é ocupada por uma maioria de russos e, por isso, a tensão entre os dois países sugere a iminência de um conflito armado. Destaca-se, em 2014, a intervenção russa que posicionou unidades blindadas e mecanizadas contra as forças ucranianas, impedindo a derrota de combatentes e rebeldes pró-Rússia que até hoje marcam presença no local.
Desencadeando os combates esporádicos, mesmo havendo um suposto esforço mútuo para estabelecimento de paz entre as duas nações. No entanto, pouco ou nenhum progresso foi feito nesse sentido, dado que, além de a região ser altamente militarizada, havendo ainda a ameaça de emprego de forças de guerra russas contra a Ucrânia.
Com a presenças de forças militares russas em direção à Bielorrússia, diminuindo a distância de zonas militarizadas próximas à capital ucraniana, Kiev, pressionando ainda mais a pequena nação europeia a ceder a Crimeia à Rússia.
Essa formação de veículos militares perto da fronteira da Bielorrússia com a Ucrânia trata-se somente de um exercício militar e não tem caráter ameaçador. Mesmo tendo em vista as unidades deslocadas e a gradual chegada de suprimentos e munições, suspeita-se o exato oposto.
Com as imagens de satélites do local e de postagens em redes sociais sugerem um retrato suspeito do que está acontecendo no local. A Rússia, sendo conhecida, está se preparando uma ofensiva contra a Ucrânia, ainda que neguem a possibilidade de ocorrência de uma guerra pela Criméia.
Ataques hackers
Há mais de uma semana, sites do governo ucraniano foram interceptados, ainda que não esteja claro quem fomentou o ataque cibernético.
Conforme o governo britânico, existem evidências de que Moscou selecionou pessoas com o intuito de formar um poder paralelo pró-Rússia em Kiev. Mas, provas conclusivas a respeito do tema não foram divulgadas.
Sendo essas as ultimas informaçãoes sobre a Rússia X Ucrânia.
