Adolescente que matou a família no interior do Rio de Janeiro será levado para o sistema socioeducativo

  • O jovem de 14 anos, responsável pela morte de seus pais e de seu irmão de três anos em Itaperuna, no interior do Rio de Janeiro, será direcionado ao sistema socioeducativo conforme decisão judicial anunciada nesta quinta-feira, após o adolescente depor ao Ministério Público Estadual.

    O delegado responsável pelo caso, Carlos Augusto Guimarães, informou que ainda não foi escolhida a unidade que acolherá o adolescente, que se encontra detido na delegacia desde a confissão do crime na quarta-feira.

    Investigações preliminares apontam que o adolescente mantinha uma relação virtual com uma jovem de 15 anos do Mato Grosso, que já foi ouvida pela polícia. A motivação por trás dos assassinatos continua sob análise.

    A descoberta trágica ocorreu após a avó paterna notificar o desaparecimento da família na delegacia, relatando falta de contato desde o sábado anterior. O adolescente acompanhou a avó e alegou inicialmente que seu irmão mais novo havia se engasgado com vidro, e que os pais não retornaram após saírem para buscar ajuda.

    As buscas nos hospitais locais não confirmaram a presença da família, levando a uma investigação mais aprofundada na residência, onde peritos encontraram sinais de sangue e roupas manchadas e parcialmente queimadas. O odor próximo da casa levou os policiais até uma cisterna, onde os corpos foram encontrados.

    O adolescente admitiu ter atirado nos pais e no irmão, justificando o ato no irmão como uma forma de 'poupá-lo da perda dos pais'. Ele revelou ter usado um suplemento para se manter acordado durante a noite do crime, onde usou uma arma oculta sob o colchão dos pais. Após os disparos, ele facilitou a movimentação dos corpos usando um produto químico.

    A arma foi posteriormente encontrada na casa da avó, que a guardou por preocupação. Ela não tinha conhecimento prévio dos crimes. Durante o depoimento, o adolescente manteve uma postura fria e reiterou suas ações, levantando suspeitas de psicopatia, segundo o delegado Guimarães.

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