A revelação do remake da novela Vale Tudo, que marcou época na televisão brasileira, gerou reações divididas entre entusiasmo e cautela. Retomar um clássico demanda preservar sua essência e, simultaneamente, adequá-lo às novas realidades sociais.
A atriz Edvana Carvalho, que revive Eunice na principal faixa de novelas da Globo, expressou sua perspectiva frente a esse desafio, salientando que o verdadeiro erro seria negligenciar as transformações sociais das últimas décadas.
Desabafo de atriz da Globo após críticas ao remake de Vale Tudo
Lançada em 1988, a trama original tratou de questões como ambição, moralidade e conflitos familiares. Porém, o contexto brasileiro mudou substancialmente desde então. Temáticas atuais como a luta por igualdade racial, o fortalecimento feminino e o combate ao ageísmo emergiram como essenciais. O planejado remake para 2025 é visto como uma oportunidade de resposta a essas evoluções.
Edvana enfatiza que sua personagem, anteriormente uma dona de casa submissa, agora é retratada como uma mulher de 50 anos, forte, autônoma e empreendedora, quebrando estereótipos tradicionais. "Não é um problema alterar o remake, o problema seria deixar de transformar a sociedade", ela declara.
Para a atriz, é essencial que a arte espelhe o tempo atual. Mantendo tudo igual após mais de três décadas seria um retrocesso, argumenta. Assim, ajustar o conteúdo é uma maneira de evoluir junto com a sociedade, e não uma deturpação do original.
Conversa com Edvana Carvalho sobre representatividade na nova Vale Tudo
A nova versão também foca em representatividade, com Edvana Carvalho destacando a relevância de personagens negros em papéis de destaque e com narrativas profundas.