Em uma entrevista recente para o Folha de São Paulo, o ex-presidente Jair Bolsonaro, do partido PL, criticou novamente as acusações que enfrenta e que poderiam resultar em sua prisão, incluindo alegações de tentativa de golpe de Estado.
Bolsonaro, que atualmente está inelegível e é réu em cinco processos criminais, declarou que não cometeu quaisquer infrações e que ser preso marcaria "o fim da sua vida".
O ex-presidente insistiu em sua defesa, afirmando a ausência de evidências concretas que justifiquem as acusações contra ele. Ele também desqualificou as discussões sobre possíveis ações extremas como a instauração de um estado de sítio, descrevendo-as como meramente teóricas e dentro dos limites legais.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República (PGR), no entanto, Bolsonaro é acusado de liderar uma "organização criminosa armada" que tentou impedir a posse do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva e desestabilizar o Supremo Tribunal Federal.
Questionado sobre as consequências de uma eventual condenação em sua carreira política, Bolsonaro respondeu dramaticamente: "É o fim da minha vida. Eu já estou com 70 anos."
Entre os apoiadores de Bolsonaro, há divisões em relação ao futuro do movimento bolsonarista. Contudo, muitos seguidores continuam ativos nas redes sociais, defendendo a inocência do ex-presidente e denunciando o que veem como uma perseguição política.
O ministro Luís Roberto Barroso, do STF, indicou que o julgamento de Bolsonaro deve ocorrer ainda este ano. Enquanto isso, a equipe de defesa do ex-presidente está elaborando estratégias para contrapor as possíveis condenações, alegando falta de provas substanciais e um excesso de interpretações políticas nos processos judiciais.
O caso continua a provocar intenso debate público, com a comunidade jurídica dividida entre apoiar uma anistia ou advocar pela prisão, enquanto que a oposição exige punição severa e os apoiadores de Bolsonaro percebem as investigações como um ataque politizado à direita brasileira.