Nas últimas horas, a vida de Vagner Landskron, um brasileiro de 43 anos que vive em Yoqneam Illit, Israel, foi marcada por intensa tensão. Residente na área próxima a Tel Aviv e Haifa, ele enfrentou dois alarmes de ataque aéreo recentemente, um deles soou apenas um minuto depois que ele terminou uma entrevista com a GloboNews.
Experiência de um gaúcho em zona de conflito
Desde 2009 em Israel, Vagner e sua família já estão acostumados com o cenário de guerra. Ele, sua esposa Chein, e seus três filhos, com 11, 8 e 5 anos, sabem como reagir aos alarmes. "A gente tenta manter um ar de brincadeira", disse em um desabafo sincero. Quando as sirenes soam, sua filha mais nova já sabe ir direto para o abrigo construído no apartamento, tentando manter o clima o mais leve possível, numa tentativa de amenizar o medo instaurado.
Apesar da experiência com conflitos passados, Vagner comenta que a situação atual tem suas particularidades, com envolvimento direto do poder militar iraniano, elevando os riscos de segurança. Ele menciona os vários mísseis que foram lançados em um único ataque, destacando a eficiência dos sistemas de defesa israelenses que preveniram um desfecho pior.
Decisão de permanecer em Israel
Mesmo com os riscos, Vagner tem seus motivos para não considerar um retorno ao Brasil por agora. Ele cita os vínculos familiares de sua esposa, as amizades cultivadas durante os anos e uma vida já estabelecida como principais fatores para sua decisão de ficar, mostrando um compromisso com as escolhas familiares e pessoais feitas até então.