Realizar procedimentos estéticos em outros países tem se popularizado entre os brasileiros devido às vantagens financeiras e aos pacotes atrativos oferecidos por clínicas estrangeiras. No entanto, esta prática não está isenta de perigos, principalmente quando há indícios de irresponsabilidade médica.
Recentemente, Ana Bárbara Buhr Buldrini, de 31 anos, originária de Belo Horizonte e morando em Maputo, faleceu após se submeter a cirurgias de lipoaspiração, mamoplastia e rinoplastia na Turquia, acompanhada de seu esposo.
A intervenção foi realizada em uma clínica particular e deveria ocorrer numa quarta-feira, mas foi antecipada para o domingo anterior a pedido do médico responsável. Após participarem de um encontro social na noite anterior, o médico assegurou a segurança do procedimento antecipado.
Durante as cirurgias, Ana Bárbara teve uma parada cardiorrespiratória e não recuperou os sinais vitais. Inicialmente, a equipe médica informou que ela estava apenas inconsciente e que se recuperaria em breve. Entretanto, comportamentos atípicos foram observados pela equipe, e o esposo foi mantido à distância por um tempo prolongado, recebendo depois informações contraditórias sobre o estado de sua esposa, até ser informado sobre seu falecimento.
A polícia local interveio no hospital, deteve temporariamente alguns membros da equipe médica, que foram posteriormente liberados. A família de Ana alega negligência por parte da clínica e pretende buscar justiça. O corpo de Ana Bárbara será cremado em Maputo.
Este caso trágico reforça a importância de investigar a reputação, as licenças e a estrutura das clínicas e profissionais no exterior antes de se submeter a procedimentos médicos, destacando os riscos inerentes a qualquer cirurgia e as complicações adicionais no contexto internacional.