Caso Juliana Marins: especialistas listam possíveis erros que levaram à morte de jovem brasileira

  • A busca por aventuras em trilhas ao redor do mundo pode trazer riscos, como evidenciado pelo trágico caso de Juliana Marins, uma brasileira de 26 anos, que faleceu no Monte Rinjani, na Indonésia.

    Juliana encontrou seu fim em uma trilha notória por sua complexidade e perigos ocultos. Este incidente serve como um aviso sobre os perigos das trilhas tecnicamente desafiadoras e os equívocos críticos que podem acabar em tragédia.

    Profissionais em montanhismo e guias experientes destacam várias negligências que contribuíram para a fatalidade. Um ponto crucial é a falta de requisitos de segurança básicos que são mandatórios em trilhas brasileiras, como o porte obrigatório de cobertores térmicos e roupas adequadas, não exigidos no Rinjani.

    Juliana iniciou sua escalada despreparada para as severas mudanças climáticas e o terreno instável sem o equipamento de segurança necessário. Outro erro crítico foi do guia, que optou por continuar a marcha mesmo depois de Juliana ter demonstrado cansaço extremo, uma prática considerada inaceitável em trilhas de alto risco.

    Os guias locais, segundo relatos, muitas vezes são vistos sem calçados ou roupas apropriadas, e sem suprimentos suficientes. O resgate demorou excessivamente, mesmo que Juliana tivesse sido localizada por um drone dois dias antes do socorro chegar.

    Com recuperação tardia, e comunicados imprecisos à família da vítima, incluindo informações incorretas sobre assistência imediata, a resposta de emergência foi inadequada. A empresa responsável pela aventura também recebeu críticas por falhar no suporte emergencial adequado.

    Juliana viajava sozinha em um mochilão pela Ásia e decidiu enfrentar o desafio do vulcão, uma área que registrou 190 acidentes nos últimos anos. Seu caso sublinha a urgência de uma infraestrutura turística mais robusta, de treinamento apropriado e de agências de turismo preparadas para gerenciar a segurança em ambientes extremos.

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