Na manhã desta quarta-feira, uma ação conduzida pela Polícia Civil do Rio de Janeiro culminou na prisão de Yuri Pereira Gonçalves, um notório foragido da Justiça envolvido com uma facção criminosa. O indivíduo estava escondido em uma luxuosa residência na Zona Oeste, pertencente ao rapper Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, conhecido artisticamente como Oruam, que também foi detido por favorecer o esconderijo do criminoso.
A equipe da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) realizou a operação com o intento de executar mandados judiciais de busca e apreensão na propriedade do músico, sob ordens do fórum de Santa Isabel, em São Paulo. A investigação que dirigiu os policiais até o endereço do rapper estava ligada a um incidente com disparo de arma ocorrido em Dezembro de 2024, em um condomínio na cidade de Igaratá.
Quando os agentes chegaram na casa de Oruam, eles encontraram Yuri e, durante a revista, descobriram que ele portava uma pistola calibre 9 mm com um kit-rajada, capaz de realizar disparos automáticos, junto com munição. A operação se estendeu a outra propriedade ligada ao artista, a casa de sua mãe, Márcia Nepomuceno, onde foram apreendidos celulares para investigação.
Yuri é conhecido como parte do tráfico de drogas atuante no Complexo da Penha e possui um histórico criminal que inclui condenações por organização criminosa e tráfico de entorpecentes. Esta marca a segunda vez que Oruam é preso em um intervalo curto, sendo a última vez por manobras perigosas com seu veículo na Barra da Tijuca, de onde foi liberado após pagamento de fiança.
Este incidente levantou debates sobre os vínculos entre o meio artístico e o crime organizado, intensificando o escrutínio das autoridades sobre a participação de figuras públicas em atividades criminosas e sublinhando a necessidade de aprofundar o combate ao crime organizado e ao tráfico de drogas.