Ocorre em São Francisco, no Norte de Minas Gerais, um surto de uma doença ainda não identificada que resultou na morte de duas pessoas de uma mesma família, e mais 23 pessoas foram reportadas como infectadas. Autoridades de saúde de diferentes esferas estão mobilizadas para esclarecer a natureza e a causa da enfermidade que apresenta sintomas variados e graves.
Klinger Soares Faíco Filho, médico infectologista e professor da Unifesp, sublinha a necessidade de se manter abertas todas as possibilidades diagnósticas até que se chegue à confirmação da causa dos óbitos. Os sintomas relatados, incluindo aqueles que afetam o sistema respiratório e evidências de sangramentos, sugerem possíveis vírus ou complicações de doenças já conhecidas.
Este aglomerado de casos em São Francisco foi designado como um Evento de Importância para a Saúde Pública (EISP). Dois falecimentos ocorreram em curto espaço de tempo, enquanto uma terceira pessoa conseguiu se recuperar e recebeu alta. Dezenas de outros indivíduos estão sob observação.
Um dos falecidos testou positivo para influenza. A possibilidade de que a influenza seja um fator complicador não elimina a procura por outras causas. A investigação epidemiológica busca elucidar essas conexões, conforme aponta Klinger, que enfatiza a importância de não concluir as investigações precipitadamente.
Medidas de prevenção e controle
Em resposta ao surto, um protocolo de sanitização foi implantado em São Francisco, abrangendo as residências investigadas, arredores e unidades de saúde locais. No Hospital Geral Doutor Brício de Castro Dourado, a utilização de máscaras agora é obrigatória.
Orientações à população
A população local foi orientada pelas Secretarias Municipal e Estadual de Saúde a manter a calma e a seguir diretrizes de prevenção contra a influenza e outras doenças respiratórias. Recomenda-se ao público que se isole ao apresentar sintomas como febre e tosse, evite aglomerações, use máscaras, não compartilhe objetos pessoais, lave as mãos com frequência, e busque auxílio médico se houver piora no quadro clínico.
