Angela Ro Ro, renomada cantora brasileira de MPB, vivenciava uma realidade econômica bastante adversa, que não refletia o sucesso de sua carreira artística. De acordo com seu advogado, Carlos Eduardo Lyrio, os ganhos mensais da cantora se resumiam a R$ 800 provenientes de direitos autorais recolhidos pelo Ecad, advindos de plataformas de streaming e execuções em público. Esse montante representava sua única fonte de renda.
A cantora não possuía aposentadoria nem reservas financeiras, dependendo exclusivamente desse valor para lidar com suas despesas diárias e custos hospitalares durante períodos de internação devido a problemas de saúde. Ela chegou a solicitar ajuda financeira em redes sociais para ajudar a pagar por tratamentos médicos.
Legado artístico permanece
Relativamente ao seu legado artístico, o Ecad destacou que Angela Ro Ro, como compositora, deixou registradas 145 obras, além de ter sua voz presente em 271 gravações. Com sua partida, os direitos autorais por essas obras continuarão beneficiando seus herdeiros pelo período de 70 anos, conforme estabelece a legislação brasileira sobre direitos autorais.
Apesar de uma vida repleta de gravações memoráveis e músicas que marcaram gerações, Angela Ro Ro sofria com a precariedade econômica em seus últimos anos, uma realidade dura compartilhada por muitos outros artistas nacionais.
Potencial financeiro a ser administrado
O patrimônio de Angela, que inclui imóveis e futuros rendimentos de direitos autorais, agora está sob responsabilidade de sua herdeira. Ela enfrenta o desafio de gerenciar tanto o legado artístico quanto financeiro da cantora. A efetivação desse recebimento, contudo, dependerá de fatores como a clareza em contratos, registros no Ecad e a contínua execução das canções que definiram a trajetória de Angela. O patrimônio inclui também um apartamento em Copacabana, deixado para uma companheira cujo nome não foi mencionado.