Erlan Oliveira de Araújo, apelidado de Orelha e apontado como chefe da invasão ao Hospital Municipal Pedro II, localizado em Santa Cruz, foi assassinado na noite de sexta-feira em Paciência, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Erlan foi alvejado por disparos e seu corpo foi encontrado vestindo um colete que imitava o da DRACO. A Polícia Civil considera que sua morte foi uma retaliação devido às consequências do ataque ao hospital.
A invasão ocorreu durante a madrugada de quinta-feira, executada por um grupo de oito indivíduos armados e encapuzados. Eles entraram no hospital com o objetivo de localizar Lucas Fernandes de Sousa, conhecido como Japa, que estava ferido. Após dominarem os seguranças, foram até o centro cirúrgico, porém, Japa já havia sido transferido, o que provocou a paralisação dos serviços e pânico generalizado.
Investigação e Consequências do Caso
Após a invasão, Erlan entrou no radar das investigações policiais. A Delegacia de Homicídios periciou seu corpo, examinando a possível participação de milicianos em sua morte. O delegado Felipe Curi, secretário de Polícia Civil, indicou que o assassinato de Erlan poderia representar um esforço para diminuir o impacto negativo sobre a polícia causado pelo episódio. O colete encontrado será inspecionado para verificar se foi o mesmo utilizado durante o ataque ao hospital.
Lucas Japa, com histórico de ligação com milícias e antecedentes de extorsão e atividades ilegais, foi preso em 2019, embora atualmente esteja em liberdade condicional. Erlan também tinha histórico criminal, incluindo uma prisão em 2017 por porte ilegal de arma. Ambos eram considerados membros de facções criminosas da Zona Oeste.
Continuidade das Investigações
A Polícia Civil continua empenhada na busca pelos demais envolvidos tanto na invasão quanto na execução de Erlan. As atividades incluem o rastreamento de possíveis rotas de fuga e apreensão de armamento utilizado. A Secretaria de Segurança informou que foi solicitado reforço policial para o hospital no momento da internação de Lucas, mas não confirmou a presença de uma patrulha efetiva durante a invasão. As investigações prosseguem com o objetivo de identificar e capturar todos os participantes do ato.