Um incidente alarmante na Austrália destaca como um comentário considerado inofensivo por alguns pode desencadear uma resposta violenta. Corbie Jean Walpole, uma australiana de 24 anos, foi sentenciada a sete anos e meio de prisão depois de atear fogo em seu amigo de infância, Jake Loader, em uma reação a um comentário misógino.
O trágico evento ocorreu após uma noite prolongada de consumo de álcool e cocaína, na residência de Corbie, em Howlong, uma pequena comunidade rural de Nova Gales do Sul. Durante o encontro, Jake fez um comentário misógino, sugerindo que Corbie deveria estar na cozinha em vez de beber com os amigos. Essa fala provocou uma reação extrema em Corbie.
Enfurecida, ela foi até a garagem, pegou um galão de gasolina, jogou sobre Jake e ateou fogo com um isqueiro. Jake sofreu queimaduras em 55% do corpo, resultando em cicatrizes permanentes e sérias complicações de saúde, incluindo incapacidade para regular sua temperatura corporal e intolerância ao sol.
Durante o julgamento, enquanto a defesa alegou que a reação de Corbie foi impulsionada pelo uso de substâncias e pela natureza provocativa do comentário, a juíza Jennifer English dispensou essa justificativa, sentenciando Corbie a cumprir tempo em regime fechado, apesar dela ter se declarado culpada previamente.
Jake, impactado não apenas física, mas emocionalmente, compartilhou no tribunal o quanto o ataque havia destruído partes de sua vida e afetado seus entes queridos.
Em uma demonstração de apoio, uma campanha de arrecadação online reuniu aproximadamente R$ 267 mil para auxiliar na recuperação de Jake. Este caso serve como um severo lembrete do peso das palavras e das cicatrizes perenes que a violência, mesmo quando impulsiva, pode causar.
