A investigação conduzida pela Polícia Civil de Indaiatuba, em São Paulo, sobre o falecimento de Letícia Moreira Barbosa, de 24 anos, concluiu sem o indiciamento do homem que a acompanhava num motel no dia 5 de abril. A jovem foi encontrada desacordada e veio a óbito no hospital. De acordo com o Instituto Médico Legal (IML), a morte foi causada por asfixia, apesar de não ter sido detalhado o modo como essa asfixia ocorreu.
Segundo informações da delegada Fernanda Hetem, responsável pela Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), o laudo não determinou o tipo exato de asfixia, levando à solicitação de um laudo complementar para determinar se o caso foi uma esganadura, acidente ou outra causa. O processo foi encaminhado para o Ministério Público, que irá decidir se há elementos para denúncia ou se arquivará o inquérito.
Desconfiança da família de Letícia
O acompanhante de Letícia relatou que ambos consumiram bebidas alcoólicas e foram ao motel, onde ela manifestou um sangramento no decorrer da relação sexual. Ele contou que foi ao banheiro e, ao voltar, encontrou-a inconsciente. Apesar de a perícia ter observado uma fratura no osso hioide, não foi confirmado que tenha ocorrido estrangulamento.
Contudo, a família da vítima contesta essa versão. O pai de Letícia apontou que sua filha não consumia bebidas alcoólicas por conta de um problema cardíaco e suspeita que ela tenha sido morta por asfixia. Segundo ele, Letícia não tinha um relacionamento estável com o homem, e o conhecimento entre eles era recente.
Continuação das investigações
A delegada Hetem enfatizou que não existem indícios suficientes para uma prisão preventiva e que a investigação até o momento não comprovou a ocorrência de um homicídio doloso. A polícia espera os resultados dos novos laudos para esclarecer se a morte foi um crime ou se tratou de um acidente.
