A ginecologista Sabrina Iara de Mello enfrenta uma investigação conduzida pela Polícia Civil de Mato Grosso pelo possível crime de fraude processual. Ela é suspeita de ter deletado informações importantes do telefone de Ivan Michel Bonotto, com quem ela mantinha um relacionamento amoroso.
O incidente ocorreu em 13 de abril, quando Ivan foi morto em Sorriso, Mato Grosso. Ele foi levado a um bar e lá foi atacado com uma faca pelas costas. Sabrina negou qualquer papel direto no assassinato, contudo, confessou que enquanto Ivan recebia atendimento de emergência, ela aproveitou para manipular o celular dele.
Posicionamento do delegado
Bruno França, delegado responsável pelo caso, afirmou que Sabrina utilizou seu status profissional para acessar o local onde Ivan estava sendo socorrido e apagar registros do celular dele que poderiam ser comprometedores. "Ela, como médica, usou da condição profissional para adentrar o centro cirúrgico no momento em que a vítima foi socorrida, para pegar o celular e destruir todas as provas", explicou França. Segundo a polícia, isso prejudicou consideravelmente a investigação.
Sabrina entrou no hospital apenas quatro minutos após Ivan ser admitido, identificando-se como uma amiga do paciente. Ela pretendia, segundo relatos policiais, eliminar mensagens, fotos e um vídeo que capturou o momento do crime. Três dias após o incidente, ela devolveu o celular para a família de Ivan, já com os dados apagados.
O contexto mais amplo do crime
A princípio, o crime foi visto como um simples conflito em um bar. No entanto, a investigação mostrou que Ivan era amigo de Gabriel Tacca, dono do bar e marido de Sabrina. Gabriel teria ordenado o assassinato após descobrir o caso amoroso de sua esposa com Ivan. Ele e Danilo Guimarães, acusado de esfaquear Ivan, foram presos.
Apesar dos indícios apontando seu possível envolvimento, Sabrina negou ter participado do assassinato e alegou que apagou os dados do celular para "proteger a vítima". Até o momento, sua defesa optou por não se manifestar publicamente sobre as acusações enquanto as investigações prosseguem.