Menino atropelado ao correr para o meio da rua tem morte cerebral; família diz que foi negligência médica

  • O triste incidente envolvendo o pequeno Henry Trevinio Souza, de apenas 3 anos, ocorrido na Zona Leste de São Paulo, levantou preocupações sobre a eficiência do atendimento médico de emergência. Henry foi atropelado enquanto atravessava a rua no Parque São Rafael, na última sexta-feira.

    Embora tenha sido levado às pressas para atendimento médico, a falta de recursos em hospitais e a demora para realizar a cirurgia foram críticos. A família destaca que a cirurgia demorou mais de 24 horas para ser realizada, deteriorando o estado de saúde de Henry, o que acabou por resultar em sua morte cerebral.

    Demora na transferência hospitalar

    O incidente aconteceu enquanto ele estava com seu pai, Aquiles Souza Santos, em um bar. Aquiles, que perdeu o filho de vista por um momento ao trocar a música, viu o pequeno Henry correr para a rua, sendo imediatamente atropelado por uma motorista, que o levou diretamente para a UPA de São Mateus para não perder tempo esperando socorro.

    Na UPA, a transferência para um hospital melhor equipado foi demorada e complicada devido à falta de recursos como um tomógrafo funcionando e a ausência de um neurocirurgião. Henry só foi transferido para o Hospital Santa Marcelina no dia seguinte, após longa espera por uma ambulância adequada.

    A operação tardia

    A cirurgia de Henry foi realizada no final da tarde do dia seguinte, já com significantes danos devido à hemorragia interna que ele sofreu. A família alega que a demora foi um fator decisivo para o avanço do quadro que levou à morte encefálica, comunicada no dia 10. Persistem fortes críticas ao atendimento recebido e a família pede por investigações mais profundas sobre o acontecido.

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