A polícia obteve novas informações sobre o caso do empresário Adalberto, encontrado sem vida no Autódromo de Interlagos, após uma análise detalhada de um laudo do Instituto Médico Legal (IML).
O laudo revelou a presença de PSA, uma proteína do sêmen, na região genital de Adalberto. Contudo, a Polícia Técnico-Científica concluiu e esclareceu que tal achado não é indicativo de que tenha ocorrido ato sexual antes do falecimento de Adalberto.
Possíveis explicações para a presença de proteína do sêmen
O PSA é uma proteína responsável pela viscosidade do sêmen, presente nas vesículas seminais. Sua detecção na região íntima do empresário pode ter sido resultado de diversos fatores, incluindo reflexos de uma asfixia, como indicado pela polícia durante uma coletiva sobre o avanço nas investigações. Em situações de morte por asfixia, é possível ocorrerem contrações nas vesículas seminais, causando a expulsão do líquido seminal, sem que haja atividade sexual. Importante destacar que o laudo também não apresentou espermatozoides, reforçando que a presença isolada de PSA não confirma ejaculação decorrente de atividade sexual.
Confirmação da polícia sobre as conclusões do caso
A delegada Ivalda Aleixo reiterou, fundamentada nos laudos, que “não consta que teve relação sexual pelo PSA”. Essa informação sublinha que a presença da proteína é mais um indicativo de resposta fisiológica às circunstâncias da morte do que um ato sexual. Ela também comentou que Rafael Aliste, um amigo presente no autódromo no dia do desaparecimento de Adalberto, não está sendo considerado suspeito, após esclarecimentos obtidos no segundo depoimento dele. A motivação e autoria do crime ainda são desconhecidas, com a investigação considerando que o empresário possa ter sido morto por asfixia após se envolver em algum conflito. Detalhes adicionais estão sendo mantidos em sigilo para não prejudicar o curso da investigação.
