O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, confirmou um diálogo por telefone com Manoel Marins, pai de Juliana Marins, a publicitária que encontrou a morte após um acidente em um penhasco na Indonésia. Lula assegurou na conversa que o Ministério das Relações Exteriores prestaria a assistência requerida, abrangendo o retorno do corpo ao Brasil.
Essa posição surge como uma reversão da postura inicial do Itamaraty, que havia expressado, através de uma nota, a impossibilidade de se responsabilizar pelos custos de transporte, conforme os padrões legais brasileiros, que atribuem essas despesas às obrigações particulares. A declaração inicial desencadeou um fluxo de críticas severas nas plataformas de mídia social, em parte comparando o incidente com outras situações onde o governo se envolveu de forma diferente.
Comparativos nas redes sociais sobre ações governamentais
Internautas fizeram paralelos entre o caso de Marins e o uso de recursos do governo em ocasiões como o resgate da ex-primeira-dama do Peru e o salvamento de um cavalo pela primeira-dama Janja nas enchentes sul-rio-grandenses, apontando uma aparente incongruência nas ações do governo.
Juliana, nascida em Niterói (RJ), havia se acidentado na trilha do Monte Rinjani, o segundo vulcão mais elevado da Indonésia, na sexta-feira anterior, com seu corpo sendo descoberto apenas na terça-feira subsequente, após as equipes de resgate enfrentarem adversidades naturais decorrentes do clima e do terreno difícil.
Inicialmente, a Prefeitura de Niterói se prontificou a pagar
Antes da revisão feita por Lula, a Prefeitura de Niterói já havia se disponibilizado para custear o retorno de Juliana. Este ocorrido realçou as discussões sobre o papel e as responsabilidades do governo Brasileiro em eventos emergenciais com cidadãos no exterior e questionamentos sobre as restrições da legislação vigente.