O ex-presidente Jair Bolsonaro teve um dia inicial marcado pela solidão e severos controles de acesso na Superintendência da Polícia Federal. Chegando antes das 7h, Bolsonaro ficou isolado, com visitas extremamente limitadas. A única exceção foi seu advogado, enquanto sua esposa Michelle Bolsonaro e seus filhos aguardavam aprovação do STF para poder visitá-lo.
Na parte da manhã, preocupações com a saúde de Bolsonaro foram evidentes, com a entrega de uma caixa de medicamentos por Eduardo Torres, irmão de Michelle, e a presença de uma médica. A defesa do ex-presidente chegou a pedir prisão domiciliar humanitária, mas a solicitação foi inviabilizada após a decisão de Alexandre de Moraes pela prisão preventiva.
Limitações e críticas por parte da defesa
No período da tarde, Paulo Cunha Bueno, um dos advogados de Bolsonaro, ficou com ele por aproximadamente três horas. Após a visita, criticou a detenção, porém não entrou em detalhes sobre a violação da tornozeleira eletrônica mencionada pelo próprio Bolsonaro. Outro advogado, João Henrique Nascimento de Freitas, foi impedido de ver Bolsonaro, assim como o chefe da defesa, Celso Vilardi, que não foi visto na superintendência.
A deputada Bia Kicis também buscou visitar Bolsonaro, mas não conseguiu entrar. No momento da prisão, Michelle Bolsonaro encontrava-se em Fortaleza para um evento, e a defesa pediu permissão para que ela e os filhos pudessem visitá-lo no sábado.
A vigília que influenciou na decisão pela prisão preventiva
Na noite do dia, Flávio e Carlos Bolsonaro realizaram uma vigília no condomínio onde residia o ex-presidente. Este evento foi um dos fatores mencionados por Moraes para argumentar sobre o risco de fuga e justificar a prisão preventiva, que foi efetivada na manhã de sábado.