A Agência Nacional de Mineração (ANM) anunciou recentemente que o nível de emergência da barragem B1-A, operada pela Emicon Mineração e Terraplenagem em Brumadinho (MG), foi elevado de nível 1 para nível 2. Essa mudança, ocorrida na última quarta-feira (23), sugere uma precaução, mesmo sem indicar um risco imediato de colapso da estrutura.
A ANM esclarece que, atualmente, a barragem não apresenta perigo iminente de rompimento. A elevação para o nível 2 indica uma fase que requer maior vigilância e preparativos para uma possível evacuação.
Adotado durante o período de seca, que tradicionalmente apresenta menor risco de incidentes hidrológicos, o novo nível visa assegurar a evacuação de maneira segura e eficaz da população localizada nas proximidades.
Realocação das famílias em risco
Conforme informações da prefeitura de Brumadinho, existem seis famílias residindo na Zona de Autossalvamento (ZAS), próxima à Mina do Quéias. O prefeito Gabriel Parreiras (PRD) mencionou que está sendo discutida, junto aos residentes, a definição do melhor momento para a evacuação, garantindo a segurança de todos os envolvidos.
Foram identificadas falhas nos documentos fornecidos pela Emicon que deveriam atestar a estabilidade da barragem, levando a um monitoramento mais intenso por parte das autoridades.
Lembranças dolorosas do passado recente
A comunidade de Brumadinho vive momentos de tensão devido ao aumento do nível de alerta, revivendo o trauma do rompimento da barragem da Vale em 2019, que resultou em 270 mortes, além de dois desaparecidos.
O prefeito reiterou o compromisso da prefeitura em cobrir todos os custos da evacuação, apesar da responsabilidade principal recair sobre a mineradora. Ele também destacou o impacto emocional significativo que tal situação provoca nos habitantes, que ainda estão se recuperando do desastre anterior.
