A polícia do Rio Grande do Norte, por meio da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), confirmou a presença do veneno chamado chumbinho no açaí que foi consumido por Yohana Maitê Filgueira Costa, uma bebê de apenas oito meses que veio a óbito no dia 14 de abril em Natal (RN). O anúncio foi feito pelo delegado Cláudio Henrique, encarregado do caso.
Geísa de Cássia Tenório Silva, de 50 anos, e prima de segundo grau da bebê, também ingeriu o mesmo açaí e ficou hospitalizada em estado crítico. Após um período em tratamento intensivo, ela teve alta no final de abril, mostrando melhoras em seu estado de saúde.
Confirmado chumbinho no açaí
A polícia está empenhada em descobrir quem é o responsável por enviar o açaí envenenado à família, intensificando a seriedade das investigações após a confirmação da toxina nas amostras analisadas.
"O laudo confirmou a presença de chumbinho no açaí que as vítimas consumiram", disse o delegado Cláudio Henrique, reforçando a base das investigações em curso.
O uso do chumbinho é ilegal no Brasil desde 2012, devido à sua alta toxicidade, segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
"Embora ainda não tenhamos a confirmação no organismo das vítimas, a presença do veneno no alimento já nos permite afirmar que ocorreu um envenenamento", explicou o delegado.
Prosseguimento das investigações
Enquanto o caso avança, as autoridades esperam o relatório final do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) sobre a substância tóxica no organismo de Geísa Silva. Este será crucial para esclarecer definitivamente a ligação entre o consumo do açaí contaminado e os sintomas apresentados.
A situação despertou grande comoção em Natal, especialmente devido à trágica morte da bebê. A polícia mantém total confidencialidade em certos aspectos da investigação para garantir a eficácia do seu trabalho.