O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, recentemente revelou que seu governo poderá anunciar medidas de resposta à condenação do ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro já na próxima semana. Essa divulgação está programada para coincidir com a visita do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva a Nova York, onde ele participará da Assembleia Geral das Nações Unidas.
De acordo com Rubio, as "medidas adicionais" que ainda não foram especificadas, são parte de uma reação ao que ele descreveu como uma "caça às bruxas". Outros comentários do governo americano incluem a insatisfação com o veredito dos tribunais brasileiros. A sincronicidade dos eventos sugere que os anúncios dos EUA podem surgir enquanto Lula se ocupa com compromissos internacionais.
Recentemente, Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), por múltiplos crimes, incluindo o golpe de Estado e a tentativa de abolir violentamente o Estado democrático de Direito. Rubio criticou essa decisão como parte de uma "crescente campanha de opressão judicial", que segundo ele, também afetou empresas e indivíduos dos Estados Unidos.
Sanções e Disputas sobre Vistos e Tarifas Entre EUA e Brasil
Como parte das represálias anteriores, a Casa Branca já havia imposto uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros. Além disso, o ministro do STF Alexandre de Moraes recebeu sanções com base na Lei Magnitsky, uma medida que visa punir violações de direitos humanos. A tensão se escalou com a suspensão dos vistos do ministro, de seus familiares e aliados, medida que também afetou outros sete membros do STF, exceto Kassio Nunes Marques, André Mendonça e Luiz Fux.
Possíveis Anúncios Futuros: Impacto nas Relações Comerciais e Diplomáticas
As próximas ações dos EUA, que serão detalhadas por Rubio na semana da presença de Lula em Nova York, ainda estão indefinidas em termos de escopo. No entanto, o governo brasileiro se mostra receptivo a negociações, embora Lula tenha declarado que não tratará as negociações como se o Brasil fosse um país inferior. Espera-se que os anúncios dos EUA influenciem diretamente as futuras relações bilaterais nas áreas de comércio, tecnologia e cooperação ambiental, em um contexto já delicado por outros compromissos internacionais, como a Cúpula do Clima.