Wladimir Matos Soares, um policial federal de 53 anos, está no centro de uma grave denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República. Ele é acusado de envolvimento em um suposto golpe de estado que colocaria Jair Bolsonaro no poder, mesmo após a derrota nas eleições de 2022.
O chamado 'Plano Punhal Verde e Amarelo' incluía planos para eliminar figuras chave da política nacional, como o presidente eleito Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro do STF, Alexandre de Moraes. Áudios reveladores de Wladimir mostram que o plano envolvia assassinatos em massa.
Enquanto aguarda julgamento pelo Supremo Tribunal Federal, marcado para a próxima terça-feira, o policial afirmou em uma mensagem de janeiro de 2023: 'Estávamos prontos para sair matando. Empurrar e liquidar meio mundo'. Ele também expressou desapontamento com Bolsonaro, criticando sua falta de ação para impedir a posse de Lula.
Além das chocantes declarações, Wladimir é acusado de utilizar sua posição para levantar informações sensíveis e facilitar o planejamento do golpe. O policial se mostrou frustrado com a resistência encontrada nas altas patentes militares, mencionando que apenas os generais 'emperraram a parada'.
Revelações adicionais indicam que Wladimir também discutiu planos para capturar e 'decapitar' o ministro Moraes, destacando a gravidade e audácia do suposto golpe. A investigação levantou provas dos planos através de áudios e mensagens trocadas com o advogado Luciano Mendonça Diniz, que sugeriu 'dar um susto' no Judiciário para 'dissolver' o STF.
A expectativa é que o resultado do julgamento no STF, atuando como resposta às severas ameaças enfrentadas pela democracia brasileira, será um importante indicativo das medidas do Judiciário contra tais atos.