Francisco Cuoco, conhecido por seu trabalho na dramaturgia, teve momentos de seu percurso marcados por inserções indiretas na política, através do apoio a seu filho, Diogo Rodrigues Cuoco, em tentativas eleitorais nos anos 2000.
Diogo concorreu ao cargo de deputado estadual pelo PMDB do Rio de Janeiro em 2002, com seu pai recebendo grande atenção da mídia e público. Em 2004, ele tentou se eleger como vereador pelo PL, mas também fracassou nas urnas.
Após essas experiências frustrantes, em 2005, diante do escândalo do Mensalão, Cuoco decidiu afastar-se completamente do apoio a campanhas, descontente com o cenário político nacional.
Em entrevista ao jornal Folha de São Paulo, Cuoco expressou seu desapontamento com a política, criticando severamente o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, principalmente na gestão cultural. Ele ressaltou: "Estou fora. Não esperava que depois do Collor isso fosse acontecer mais. É decepcionante. Prefiro ficar no sonho, que é minha atividade. A atuação do Lula foi muito modesta na área cultural. E o governo Lula acabou", afirmou.
O caso de Francisco Cuoco ilustra como personalidades do entretenimento, mesmo que de forma não direta, podem influenciar o cenário eleitoral, alternando entre períodos de esperança e decepção.
Essa trajetória ressalta a preferência de Cuoco pela segurança dos palcos e a ficção ao invés dos imprevisíveis cenários políticos.