Em resposta às adversidades impostas pelo transtorno obsessivo-compulsivo, Cameron Mofid encontrou no caos das viagens internacionais uma oportunidade para superar suas limitações e eventualmente estabelecer um recorde mundial. Este jovem, originário de San Diego, nos EUA, escolheu substituir seu medo por aventuras, embarking numa impressionante jornada aos 18 anos e concluindo-a aos 25, com sua chegada na Coreia do Norte - o último país em sua lista.
Segundo a NomadMania, uma renomada plataforma internacional, ao terminar sua viagem, Cameron se tornou a pessoa mais jovem a visitar todos os países do mundo. Ele relembra, 'Viajar me forçou a renunciar ao controle, e isso foi libertador.' Este insight transformou sua percepção sobre o TOC, que ele carrega desde a infância.
Seu interesse em desafiar-se começou durante uma severa crise emocional na pandemia. Ao descobrir que mais pessoas visitaram o espaço do que todos os países do mundo, Cameron foi inspirado a transformar esse dado curioso em um objetivo de vida. Para financiar sua jornada, ele iniciou uma empresa de eventos, planejou cuidadosamente cada etapa e, após concluir sua formação universitária, deu início à aventura.
Embora já familiarizado com cerca de 100 países por suas viagens anteriores como tenista e estudante, Cameron decidiu começar do zero, impondo a si mesmo a regra de permanecer ao menos quatro dias em cada país para experiências significativas. 'Não se tratava apenas de geografia, mas de viver com o desconforto e abraçar o desconhecido', ele explicou.
Planejar essa empreitada foi desafiador, lidando com vistos, voos e logística. Em suas viagens, ele optou por rotas mais acessíveis e hospedagens simples, como em Níger, onde se alojou em um hotel sem eletricidade, e muitas vezes, recorrendo a caronas para alcançar destinos remotos.
Entre as inúmeras experiências marcantes, Cameron destacou sua visita a Makoko na Nigéria, onde fundou a ONG Humanity Effect para ajudar crianças locais. 'Ver a resiliência dessas pessoas me tocou profundamente', ele compartilhou. Seu último destino, a Coreia do Norte, foi emblemático: ali, ele participou da Maratona Internacional de Pyongyang, completando seu 195º país.
Apesar de seu recorde ter sido batido seis semanas depois por um alemão, o jovem guarda preciosas memórias de sua jornada. 'Aprendi que, independentemente de onde você está, as pessoas querem conectar-se. Temos muito mais em comum do que imaginamos', refletiu Cameron. De volta à Califórnia, ele agora enfrenta o desafio de reintegrar-se à rotina, com uma nova visão sobre seu TOC: 'Agora eu controlo o TOC, e não o contrário.'
