Arlindo Cruz, um dos maiores nomes do samba brasileiro, faleceu nesta sexta-feira aos 66 anos. Desde 2017, após sofrer um AVC, Arlindo estava afastado do cenário musical. A notícia de sua morte foi confirmada pela família através das redes sociais do artista. Ele deixa três filhos: Arlindinho e Flora Cruz, com sua esposa Babi Cruz, e Kauan Felipe.
"Com imenso pesar, a família e a equipe de Arlindo Cruz comunicam seu falecimento. Mais do que um artista, Arlindo foi um poeta do samba, um homem de fé, generosidade e alegria, que dedicou sua vida a levar música e amor a todos que cruzaram seu caminho", afirmou o comunicado.
Arlindo Cruz nasceu em Madureira, um bairro que foi frequentemente tema de suas canções. Influenciado por seu pai, Arlindão, ele começou sua carreira musical aos 17 anos, tocando cavaquinho no disco 'Roda de Samba' de Candeia. Sua trajetória inclui a fundação da roda de samba no Bloco Carnavalesco Cacique de Ramos, onde consolidou sua reputação como partideiro e introduziu o banjo no samba.
Em sua carreira solo, Arlindo Cruz gravou nove álbuns e compôs 795 músicas, muitas das quais se tornaram famosas nas vozes de outros artistas. Ele também foi um prolífico compositor de sambas-enredo, contribuindo com várias escolas de samba, incluindo Império Serrano, Vila Isabel e Grande Rio.
Em 2017, um AVC deixou Arlindo Cruz com sérias limitações físicas e cognitivas, impedindo-o de continuar sua carreira musical. Ele permaneceu sob cuidados médicos até sua morte. Arlindo Cruz será lembrado como um dos grandes nomes do samba, cuja música e legado continuam a inspirar muitos.
