A morte do Papa Francisco trouxe à tona a história de sua única irmã viva, María Elena Bergoglio, que reside em uma instituição religiosa em Buenos Aires e atualmente tem 77 anos de idade.
Muitos questionaram o motivo pelo qual os irmãos não se encontraram pessoalmente por 12 anos, e a resposta reside nas condições de saúde delicadas de María, que enfrenta limitações físicas significativas.
Apesar da distância física, Francisco e María mantiveram uma conexão emocional robusta por meio de correspondências escritas e ligações telefônicas semanais. A última vez que se viram foi antes de 2013, ano em que Jorge Mario Bergoglio foi eleito Papa.
Naquela ocasião, mesmo quando ela atualizou seu passaporte na esperança de visitá-lo, os médicos a desencorajaram de viajar devido aos riscos para sua saúde, recomendando que ela mantivesse repouso.
Durante o mesmo período, no Vaticano, seguindo uma tradição de longa data, o Anel do Pescador, que é um símbolo da autoridade papal, foi destruído. O anel, feito de ouro e gravado com a imagem de São Pedro, tinha a função de autenticar documentos no passado, mas agora serve mais como um símbolo.
Curiosamente, diferente dos seus predecessores, Francisco escolheu usar um anel de prata simples com uma cruz no dia a dia, reafirmando seu compromisso com a humildade e seu desapego à ostentação típica da Igreja Católica.
Hoje, María Elena é a última dos cinco irmãos Bergoglio ainda viva, e expressou em várias entrevistas o quanto se orgulha do legado de seu irmão e sua capacidade de desafiar normas estabelecidas para aproximar a Igreja de causas sociais relevantes.
Em 2013, ela previu que ele "revolucionaria a instituição", previsão que foi confirmada com o tempo, observando os esforços de Francisco em defender os mais pobres e em promover diálogos com culturas marginalizadas.