Um impressionante caso de isolamento foi registrado em Zagreb, a capital da Croácia, onde a enfermeira Hedviga Golik foi encontrada morta em seu apartamento após 42 anos de seu falecimento. Hedviga, nascida em 1924, viveu de forma extremamente isolada em um apartamento de apenas 18 metros quadrados, localizado no sótão de um prédio no bairro de Medveščak.
A enfermeira evitava interações sociais e comunicava-se com seus vizinhos solícitos por meio de um balde que baixava com uma corda contendo suas listas de compras. Seu estilo de vida recluso e a falta de interesse dos vizinhos resultou no não reconhecimento de sua ausência por décadas.
Quando finalmente a porta do apartamento foi arrombada por representantes do edifício para uma reforma, encontraram-na deitada na cama, aconchegada em cobertores, ao lado de uma xícara de chá e com a televisão ainda funcionando, uma cena congelada no tempo desde os anos 60.
O ambiente estava coberto de teias de aranha e a autópsia revelou que sua morte ocorreu em uma estação fria, o que facilitou a preservação natural de seu corpo. Enquanto sua história chocou e repercutiu internacionalmente, enfatizou a solidão enfrentada nas grandes cidades e a negligência de vizinhos e autoridades. Jornais renomados como o The Guardian e o New York Times abordaram o caso, e foi revelado pelo Daily Telegraph que as contas do apartamento eram pagas até 2005 por um arquiteto já falecido, o que sustentava a impressão de que o apartamento ainda estava ocupado.
O caso extremo de Hedviga Golik agora ressurge e viraliza, lembrando as consequências severas do abandono humano em contextos de urbanização moderna.