À medida que as temperaturas caem, surge um aumento nos casos de doenças respiratórias, alertando autoridades em vários lugares. Em Minas Gerais, isso resultou na declaração de emergência em saúde pública pelo governo do estado nesta sexta-feira.
O governador Romeu Zema assinou um decreto que entrará em vigor por 180 dias, com o propósito de ampliar as ações de vigilância e reestruturar o atendimento de saúde diante da escalada de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Essa decisão veio após um aumento notável nos casos da síndrome, principalmente em crianças menores de cinco anos. Áreas como Montes Claros, Governador Valadares, Diamantina, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte apresentam índices preocupantes, acima da média do estado.
A Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) ficará encarregada de estabelecer diretrizes e elaborar normas adicionais para gerir as ações emergenciais.
Um aspecto crucial do decreto é a criação do Centro de Operações de Emergências em Saúde por Síndrome Respiratória Aguda Grave (COE-Minas-SRAG), que coordenará e supervisionará as medidas em todo o estado.
Este movimento é parte de um esforço contínuo que começou no ano anterior, antecipando-se aos impactos sazonais de doenças respiratórias típicas dos meses mais frios.
Até o momento, Minas Gerais contabilizou 26.786 hospitalizações e 334 mortes por SRAG este ano. A maioria dessas hospitalizações ocorre em crianças de até um ano e em idosos maiores de 60 anos.
Embora o total de casos esteja similar ao do mesmo período de 2024, houve uma queda considerável no número de mortes em comparação com o ano anterior, que registrou 862 falecimentos até abril.
Na capital, Belo Horizonte, já haviam sido tomadas medidas semelhantes em resposta ao aumento nas hospitalizações pediátricas. Entre março e abril, as solicitações de leitos quase triplicaram, levando a prefeitura a criar 30 novos leitos de enfermaria pediátrica.
Essas ações sublinham a necessidade de prevenção e de um sistema de saúde público mais robusto para enfrentar esses surtos sazonais.
A antecipação e a expansão da capacidade hospitalar são táticas fundamentais para evitar sobrecargas no sistema de saúde, sobretudo em épocas de alta prevalência de vírus respiratórios.
