O estado de São Paulo contabiliza um total de cinco óbitos causados por intoxicação de metanol, revelado pelo secretário estadual da Saúde, Eleuses Paiva, em uma coletiva de imprensa realizada nesta terça-feira no Palácio dos Bandeirantes.
Já foram reportados 22 casos relacionados à substância, com 7 confirmados e 15 sob investigação. Atualmente, apenas uma morte foi diretamente associada ao consumo de bebida adulterada com metanol.
O Governador de SP e a relação com o PCC
Durante a coletiva, que também contou com a presença do governador Tarcísio de Freitas e do secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, foi enfatizado pelo governador que não existem indícios que conectem os casos de contaminação às atividades de facções criminosas como o PCC (Primeiro Comando da Capital).
"Tudo o que acontece agora em SP é PCC. Não tem evidência nenhuma de participação do crime organizado nisso", afirmou Tarcísio, negando qualquer envolvimento do crime organizado com os incidentes.
Análise Federal sobre a contaminação por metanol
Frente à seriedade dos eventos, foi instaurado um inquérito pela Polícia Federal na segunda-feira (29) para investigar a fonte do metanol e mapear a cadeia de distribuição potencial. O início das investigações foi confirmado pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, que comentou sobre o assunto em entrevista.
Conforme declarado pelo ministro, o foco é entender de onde o metanol está vindo e averiguar se a cadeia de distribuição se estende para além das fronteiras de São Paulo. Até o momento, os casos parecem estar concentrados apenas no estado. Ele descreveu a situação como atípica e alertou para o risco iminente de que o problema possa se espalhar para outras regiões.