A República Democrática do Congo está lidando com um grave surto de uma enfermidade desconhecida que já resultou no falecimento de ao menos 53 indivíduos. As primeiras manifestações da doença apareceram em janeiro, na cidade de Boloko, logo após três crianças consumirem morcegos.
O tempo entre o início dos sintomas e a morte foi de apenas 48 horas, elevando as preocupações quanto à velocidade de avanço da enfermidade. O surto se agravou desde as três primeiras mortes em Boloko.
A OMS intensifica investigações
Um segundo surto ocorrido em 21 de janeiro afetou 419 pessoas e causou mais falecimentos. No fim de fevereiro, o total de mortos chegou a 53. A gravidade da situação impulsionou a Organização Mundial da Saúde a ampliar esforços para determinar a origem e características da doença.
Os sintomas incluíram febre hemorrágica, mas análises iniciais pelo Instituto Nacional de Pesquisa Biomédica não detectaram o vírus Ebola ou outros vírus de febre hemorrágica conhecidos. A OMS continua monitorando a situação e investigando causas e vias de transmissão possíveis.
Terceira onda de casos eleva alerta
Em 9 de fevereiro, foi registrada uma terceira série de casos na cidade de Bomate, com as autoridades de saúde investigando amostras de 13 casos. O foco continua sendo a identificação de novas ocorrências e o entendimento de como o surto está se propagando, com equipes médicas no local tentando conter a disseminação.
O chefe de medicina do Hospital local descreveu a situação como "preocupante", enfatizando a necessidade urgente de mais recursos e suporte para combater a doença e realizar testes mais precisos para identificar a patologia.