Após morte de Papa Francisco, tensões marcam a escolha do novo líder da Igreja em conclave

  • Com a partida do líder máximo da Igreja Católica, o foco do menor país do mundo está agora na eleição do próximo Papa. A Capela Sistina, renomada pelos afrescos de Michelangelo, será fechada ao público para começar o conclave, um antigo ritual secreto responsável por determinar a liderança espiritual de cerca de 1,4 bilhão de católicos desde 1270.

    Em um dos procedimentos eleitorais mais antigos do planeta, os cardeais se reúnem na Capela. Eles precisam de uma maioria de dois terços para eleger o novo Papa, ocorrendo até quatro votações diárias. Durante o conclave, os cardeais ficam alojados na Casa Santa Marta, completamente isolados do exterior, garantindo o sigilo de seus votos. Fumaça preta indica que nenhum candidato foi selecionado; fumaça branca anuncia a eleição do novo Papa.

    Conclave em meio a tensões internas na Igreja

    As regras rigorosas do conclave foram implementadas após incidentes históricos, como o conclave após a morte do Papa Clemente IV, que durou quase três anos. Se após 34 votações nenhum nome alcançar a maioria, um novo processo é iniciado entre os dois candidatos mais votados. De acordo com o vaticanista Marco Politi, existe uma 'grande fratura' atual, refletindo a necessidade de unidade interna.

    O Colégio Eleitoral é composto por 134 cardeais, divididos entre 44,77% progressistas, 36,7% moderados e 18,8% conservadores. Entre os favoritos estão nomes como Pietro Parolin, Peter Erdo, Matteo Zuppi, Pierbattista Pizzaballa, Jean-Claude Hollerich e Luis Antonio Tagle.

    Desafios para o novo líder da Igreja Católica

    As reuniões preparatórias serão cruciais, semelhante ao que ocorreu em 2013, quando o então cardeal Jorge Mario Bergoglio se destacou com uma visão de uma Igreja mais inclusiva e engajada com as periferias. O desafio será selecionar um líder que preserve a credibilidade e estabeleça diálogos em um contexto global em constante mutação.

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