O ex-presidente Jair Bolsonaro foi liberado do hospital neste domingo (14) após se submeter a uma intervenção médica em Brasília. Conforme anunciado pelo Hospital DF Star, Bolsonaro teve oito lesões cutâneas removidas, que estavam localizadas em seu tronco e braço direito. A intervenção foi feita sob anestesia local e sedação, e ocorreu sem intercorrências. As lesões serão analisadas por meio de biópsia para verificar se há necessidade de mais tratamentos.
Os médicos também detectaram que Bolsonaro sofre de anemia e vestígios de uma recente pneumonia devido a broncoaspiração, recebendo por isso uma reposição de ferro diretamente na veia e continuará sendo acompanhado clinicamente. O hospital salientou que ele, já com alta, deve continuar o tratamento para hipertensão, refluxo gastroesofágico e tomar precauções contra a broncoaspiração.
Permissão Judicial para Tratamento
A visita ao hospital foi concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão permitia que o ex-presidente apenas ficasse na unidade hospitalar o tempo necessário para o tratamento, devendo depois retornar para seu domicílio. Bolsonaro foi escoltado pela Polícia Federal, saindo da prisão domiciliar nas primeiras horas do dia para os procedimentos médicos.
De acordo com informações apresentadas à Corte, Bolsonaro tratou de um 'nevo melanocítico do tronco' e 'neoplasia de comportamento incerto ou desconhecido da pele'. Os advogados do ex-presidente têm até 48 horas para entregar ao STF um atestado de comparecimento, com os detalhes dos cuidados que foram realizados.
Circunstâncias da Prisão Domiciliar
Bolsonaro está em prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, após determinação de Moraes. Ele foi condenado à prisão domiciliar por violar regras anteriores, incluindo uma proibição de usar redes sociais. Recentemente, o STF condenou o ex-presidente a 27 anos e 3 meses de cárcere por envolvimento em uma conspiração golpista, um evento sem precedentes na história política do Brasil.
