Crise às vésperas da ONU: EUA barram vistos da comitiva de Lula e Itamaraty ameaça reação

  • Com o Debate Geral da Assembleia Geral das Nações Unidas se aproximando, marcado para ocorrer em Nova York, um tensionamento diplomático surge devido à falta de concessão de vistos estadunidenses para integrantes da comitiva do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva.

    De acordo com o Ministério das Relações Exteriores do Brasil, a retenção dos vistos pode levar a uma ação arbitral no âmbito da própria ONU, utilizando-se das prerrogativas previstas no acordo de sede da organização. Prevendo esse cenário, o Itamaraty já havia apresentado uma queixa formal após uma reunião com um comitê da ONU na semana anterior, alegando que tal ação violaria o acordo de sede.

    Pressão de Trump e Resposta Brasileira

    No contexto do dito impasse, o presidente Donald Trump tomou a decisão de não conceder credenciais à delegação oficial palestina, situação que repercutiu internacionalmente e instigou a reação do Brasil. Diplomatas brasileiros reforçaram durante a reunião que 'a restrição de acesso vai contra os princípios do acordo de sede'.

    Esta situação se agravou particularmente quando ministros do governo Lula, como Alexandre Padilha, da Saúde, e Ricardo Lewandowski, da Justiça, tiveram seus vistos pessoais ou de familiares cancelados, intensificando a atitude punitiva de Washington contra o governo brasileiro atual.

    Incerteza na Comitiva Brasileira

    A ausência de uma resolução clara sobre a emissão dos vistos ameaça a participação efetiva de toda a comitiva brasileira no evento da ONU, considerado um dos mais importantes no calendário internacional. O Palácio do Planalto, por sua vez, tem solicitado uma solução expedita e enfatiza que não tolerará um tratamento desigual.

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