Milagres por Pix: a casa caiu para o ‘profeta’ Henrique Santini e quadrilha é desmascarada pela polícia

  • Milagres por Pix: a casa caiu para o ‘profeta’ Henrique Santini e quadrilha é desmascarada pela polícia

    Nesta quarta-feira, a Polícia Civil do Estado do Rio e o Ministério Público estadual executaram a Operação Blasfêmia para desmontar um esquema fraudulento que lucrava com a venda de orações e promessas de curas milagrosas, coletando valores através do Pix.

    O esquema funcionava através de um call center em Niterói, onde o grupo, liderado por Luiz Henrique dos Santos Ferreira, alcunhado profeta Henrique Santini, e composto por outras 22 pessoas, arrecadou mais de R$ 3,3 milhões em dois anos. Os suspeitos agora enfrentam ordens de sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias conectadas ao caso.

    De acordo com o MPRJ, interessados nas promessas eram induzidos a acreditar que estavam em comunicação direta com Santini, enquanto na verdade eram atendidos por funcionários que reproduziam gravações prévias e solicitavam doações por Pix de valores entre R$ 20 e R$ 1.500.

    Detalhes da Operação Blasfêmia e suas investigações

    Investigações indicam que os atendentes do call center, sem qualquer autoridade religiosa, eram pressionados por metas de arrecadação, resultando em demissões para aqueles que não atingissem o mínimo estipulado. A organização tentava ocultar o fluxo do dinheiro utilizando contas em nome de terceiros. A investigação começou após a descoberta de um call center operando com 42 pessoas, onde foram apreendidos diversos equipamentos eletrônicos que evidenciaram a extensão nacional do esquema.

    O líder do grupo fazia anúncios diários de promessas focadas em melhorias financeiras e afetivas, prometendo soluções diretas aos problemas dos fiéis. As autoridades também estão investigando o envolvimento de sete menores no esquema.

    Ações de sequestro de bens e bloqueio de contas já foram efetivadas, e mandados estão sendo executados em endereços conectados ao grupo, conhecidos como Casa dos Milagres. O esforço conjunto da Polícia Civil e do MPRJ continua para identificar mais vítimas e envolvidos no crime. Henrique Santini, por sua vez, declarou-se perseguido por motivações religiosas, segundo declarações à TV Globo, que ainda aguarda um posicionamento oficial da defesa.

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