O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, reiterou que as pressões internacionais, especialmente dos Estados Unidos, não afetarão suas decisões judiciais relativas ao ex-presidente Jair Bolsonaro.
Em entrevista ao jornal The Washington Post, divulgada na última segunda-feira, Moraes enfatizou sua posição, declarando: “Não existe a menor possibilidade de recuar nem milímetro sequer”.
Ele salientou que o STF seguirá seu papel constitucional cuidadosamente: “Faremos o que é correto: aceitaremos a acusação, avaliaremos as evidências, e aqueles que devem ser condenados serão condenados, e aqueles que devem ser absolvidos, serão”.
O governo dos EUA impôs sanções a Moraes sob a Lei Magnitsky, citando acusações de corrupção e violações de direitos humanos, o que inclui congelamento de bens e restrições a transações comerciais com cidadãos e empresas americanas.
Repercussões das Sanções e Desinformação
Moraes criticou as sanções como baseadas em desinformação propagada por apoiadores de Bolsonaro, afirmando que tais “narrativas falsas deterioraram as relações” entre Brasil e EUA.
A reportagem também destacou o papel de Moraes como uma figura central no enfrentamento a movimentos antidemocráticos no Brasil, chegando a ser apelidado pelo jornal como “xerife da democracia”. O texto menciona ainda as consequências de suas decisões judiciais, como as sanções aplicadas a plataformas digitais como X, de Elon Musk.
Processo Contra Bolsonaro
O Supremo agendou para os dias 2 a 12 de setembro o início do julgamento de Bolsonaro e outros sete réus acusados de participar de uma tentativa de golpe de Estado.