Na manhã desta quarta-feira, no horário local na Indonésia, concluiu-se a operação de resgate de Juliana Marins, brasileira de 26 anos, cujo desaparecimento ocorreu ao cair em uma trilha no Monte Rinjani. Juliana, que explorava o mundo desde fevereiro, teve seu corpo localizado após quatro dias de buscas a 600 metros abaixo do caminho principal. O resgate, que durou sete horas, envolveu pelo menos sete profissionais e o corpo foi transportado para um hospital para análise forense antes de sua repatriação. Amigos, familiares e seguidores da jovem nas redes sociais ficaram profundamente abalados.
Manoel Marins, pai de Juliana, viajou à Indonésia e foi notificado da tragédia assim que chegou. Ele prestou uma homenagem emocionante à filha através de suas redes sociais, destacando as inspiradoras aventuras de Juliana pelo mundo. As condições de resgate foram extremamente desafiadoras devido ao relevo acidentado e ao clima, que impediram o uso de helicóptero.
Desafios durante a operação de resgate
A Basarnas, agência de busca e resgate da Indonésia, relatou que foi necessário criar pontos de ancoragem improvisados na rocha para resgatar o corpo. Montanhistas voluntários enfrentaram obstáculos como neblina intensa e falhas de equipamento, além de problemas na organização das buscas, que incluíram informações inconsistentes para a família de Juliana.
A cobertura mediática que mostrou as imagens do corpo gerou indignação e críticas por parte do público, classificando-o como um ato de desrespeito. A causa oficial da morte de Juliana será determinada após a realização de exames detalhados.
Reflexões sobre a segurança na trilha
Este incidente trouxe novamente à tona discussões sobre a segurança no Parque Nacional do Monte Rinjani, que registrou 190 acidentes nos últimos cinco anos. A infraestrutura deficiente do parque, associada a uma preparação inadequada para emergências, tem sido frequentemente criticada. O trágico evento com Juliana sublinha a necessidade de melhorias significativas nos protocolos de segurança e resgate em locais turísticos de alto risco.