Senador Flávio Bolsonaro desembarca na Itália, visita Zambelli presa e volta a criticar o Supremo

  • Em uma visita oficial a Roma, Flávio Bolsonaro, senador pelo PL-RJ, se manifestou a favor da anistia, apoiou a PEC da Blindagem e expressou seu descontentamento com as negociações entre políticos e ministros do STF sobre uma proposta alternativa para a redução de penas. O senador fez essas declarações no Hotel dei Congressi, em um congresso de apoiadores brasileiros, denominando a proposta como 'a PEC da sobrevivência' e acusando o Judiciário de influenciar indevidamente as agendas do Congresso.

    Flávio criticou a iniciativa de Michel Temer, Paulinho da Força e Aécio Neves que buscam alterar a dosimetria de penas, sustentando que essa ação não equivale à anistia que é defendida pela oposição. Ele questionou o envolvimento dos ministros do Supremo no processo e condenou o que vê como uma pressão inapropriada sobre o poder legislativo.

    Críticas ao STF e defesa da PEC da Blindagem

    Durante o evento, o senador atacou decisões singulares do STF e mencionou o caso do IOF para exemplificar como a Corte supostamente usurpa o papel do Congresso. Também apontou a falta de penalidades para magistrados e enxerga na PEC uma forma de proteger o Parlamento diante das ações do tribunal. Contudo, o relator da proposta, Alessandro Vieira (MDB-SE), indicou que é provável que recomende sua rejeição.

    Ele reiterou que a anistia não deve ser vista como uma simples redução de pena, e reafirmou que o Supremo tem influenciado as votações no Congresso, ressaltando a necessidade da PEC para a preservação da independência parlamentar. Além disso, criticou a maneira como a imprensa tem coberto os acontecimentos, defendeu o ex-presidente Jair Bolsonaro e rejeitou a narrativa de que seu caso constitua uma tentativa de golpe.

    Visita a Carla Zambelli e articulações na Itália

    Em sua estadia em Roma, Flávio visitou a deputada Carla Zambelli, que se encontra detida na penitenciária de Rebibbia desde julho, aguardando processo de extradição. Ele defendeu que ela, ao menos, poderia estar em regime domiciliar, alegando falta de motivos para sua detenção continua. Planeja ainda reunir-se com Matteo Salvini, visando sensibilizar o governo italiano sobre o caso de Zambelli, argumentando perseguição política e reforçando sua cidadania italiana como um fator contra a extradição.

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