O Vaticano confirmou na última segunda-feira que o Papa Francisco faleceu devido a um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e insuficiência cardíaca. O pontífice, que tinha 88 anos, morreu às 7h35 no horário local (2h35 de Brasília), em sua residência oficial, a Santa Marta, onde escolheu viver desde o início de seu papado.
Andrea Arcangeli, o diretor da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano, foi o responsável por assinar o laudo médico. De acordo com o documento, o Papa entrou em coma antes de seu falecimento. Durante o último ano, ele enfrentou diversas complicações de saúde, incluindo uma grave infecção respiratória, mas continuou a fazer suas aparições públicas, expressando sua dedicação à comunidade católica.
Um líder latino-americano inédito
Jorge Mario Bergoglio, o primeiro papa latino-americano, será sepultado em um simples caixão de madeira. Seu corpo estará exposto por três dias na Basílica de São Pedro para que fiéis de todo o mundo possam dar seu último adeus. A data do funeral será decidida pelo Colégio dos Cardeais.
O último desejo do Papa Francisco
Segundo o arcebispo Diego Ravelli, a simplicidade dos rituais fúnebres reflete a imagem de Francisco como um pastor e discípulo de Cristo, mais do que uma figura de autoridade terrena. Ao contrário de muitos de seus antecessores, o Papa escolheu ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maggiore em Roma, por causa das conexões emocionais e espirituais que ele tinha com esse local. Ele frequentou tal igreja várias vezes, especialmente durante períodos desafiadores como a pandemia de covid-19, e expressou que se sentia 'engaiolado' no Vaticano, preferindo lugares mais próximos do povo.